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Congresso elege chefes que decidirão o que governo terá a mostrar em 2026

Carolina Nogueira do UOL, em Brasília

O Congresso Nacional elege, neste sábado (1º), os novos presidentes do Senado e da Câmara dos Deputados. Pelos próximos dois anos, estarão sob o comando deles as votações de projetos importantes para definir o que governo Lula (PT) poderá mostrar como conquistas até 2026.

O que aconteceu


Davi Alcolumbre (União Brasil-AP) busca o retorno à presidência do Senado. A volta ao comando da Casa foi um acordo com o presidente Rodrigo Pacheco (PSD-MG) em sua reeleição em 2023. No final de 2024, o senador amapaense reuniu os apoios de 11 dos 12 partidos com cadeiras no Senado, com exceção do Novo.

Disputa tem dissidente e senadores de siglas menores. Apesar do PL de Marcos Pontes (SP) apoiar Alcolumbre, o senador decidiu lançar sua candidatura avulsa e causou um mal-estar na direita. O ex-presidente Jair Bolsonaro e o presidente do PP, Ciro Nogueira, criticaram publicamente o senador, mas ele não recuou. Marcos do Val (Podemos-ES), Soraya Thronicke (Podemos-MS) e Eduardo Girão (Novo-CE) também concorrem

Câmara tem favorito do centrão. Hugo Motta (Republicanos-PB) foi o indicado pelo presidente Arthur Lira (PP-AL) para ser seu sucessor. O republicano conquistou uma base de 18 partidos (PP, PSD, Republicanos, PL, PT, PCdoB, PV, PRD, Rede, Solidariedade, Cidadania, PSDB, PSB, PDT, MDB, Avante, Podemos e PRB), em torno de sua candidatura. Também participam da disputa Pastor Henrique Vieira (PSOL-RJ) e Marcel van Hattem (Novo-RS).

Governo aposta em relação mais tranquila com Câmara. O presidente Lula convidou Hugo Motta (Republicanos-PB) algumas vezes para conversas de aproximação. A ideia do petista é estabelecer uma relação “amistosa” com o republicano, que tem bom trânsito como ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, da Fazenda, Fernando Haddad, e dos Transporte, Renan Filho.

Relação pragmática com o Senado. Já Davi Alcolumbre (União Brasil-AP) e favorito para vencer a disputa no Senado, é um antigo conhecido político do presidente da República. Interlocutores de Lula na Casa afirmam que o senador amapaense é “muito pragmático” e não deve causar problemas para o governo em pautas estruturantes.

Propostas ideológicas exigirão equilíbrio de Alcolumbre. Para conseguir o apoio do PL, o senador fez vários acenos ao partido do ex-presidente Jair Bolsonaro, com cargos na Mesa Diretora e comando de comissões que os parlamentares usarão de palanque político, como a comissão de Segurança Pública que deve ficar com o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ). Na avaliação de líderes do Senado, o andamento das pautas ideológicas vai depender de como o governo vai se posicionar. Se quiser avançar com projetos nessa área, a oposição tende a contrapor com mais propostas.

Importância dos dois cargos. O presidente do Senado é também o presidente do Congresso, que tem entre suas atribuições convocar sessões conjuntas dos parlamentares para, por exemplo, analisar os vetos do presidente. De acordo com a Constituição, o presidente da Câmara é o segundo na linha de sucessão da Presidência da República. Se Lula precisar se ausentar do país, o primeiro a assumir é o vice-presidente, Geraldo Alckmin, seguido do escolhido pelos deputados hoje. Ambos os presidentes da Casas ainda autorizam a criação de CPIs (Comissões Parlamentares de Inquéritos)

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