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Há mais de 24 horas, moradores do Ramal do Escondido exigem estrada trafegàvel em protesto em frente à prefeitura de Cruzeiro do Sul

Desde a manhã da última quarta-feira, 30, moradores do Ramal do Escondido, na zona rural de Cruzeiro do Sul (AC), estão acampados em frente à sede da Prefeitura do município em protesto contra as condições precárias da estrada que dá acesso à comunidade. O grupo afirma que permanecerá no local até que uma solução concreta seja apresentada pelas autoridades.

A principal queixa é o abandono do ramal, que, segundo os manifestantes, se torna intrafegável durante o período chuvoso, dificultando o deslocamento de famílias e impedindo o escoamento da produção agrícola local. A moradora Maria Cleide, que vive há 10 anos na região, afirma que o grupo já passou a noite acampado em frente à Prefeitura, incluindo crianças e idosos. “Estamos aqui pacificamente. Queremos nosso ramal pronto. Não vamos sair sem uma resposta concreta”, declarou.

Restrição de acesso e tensão

Durante a ocupação, os manifestantes relataram que funcionários desligaram o fornecimento de água e impediram o uso dos banheiros do prédio público. Em seguida, viaturas da Polícia Militar foram enviadas ao local, o que gerou tensão entre os presentes. Após pressão, os serviços foram restabelecidos.

“Foi constrangedor. A gente só queria fazer uma sopa e tomar banho. Quando voltamos, a polícia já estava aqui. Mas estamos firmes, porque é um direito nosso”, desabafou Maria Cleide.

Impasse entre prefeitura e Deracre

De acordo com a Prefeitura de Cruzeiro do Sul, os serviços sob sua responsabilidade já foram realizados. A continuidade dos trabalhos — como construção de pontes, implantação de bueiros e aterramento de um trecho de 9 km — é de responsabilidade do Departamento de Estradas de Rodagem do Acre (Deracre).

Na manhã desta quarta-feira (31), um grupo de manifestantes se reuniu com o gerente do Deracre no Juruá, Mauri Barbosa. Segundo José Pedro, que participou da reunião, nenhum acordo formal foi firmado. “Esperávamos um compromisso por escrito, mas ele nos disse que talvez em 10, 15 ou até 20 dias teria uma resposta. Não podemos voltar para casa sem garantias”, afirmou.

Paciência esgotada

A comunidade afirma que o pedido por melhorias no ramal já foi aprovado há mais de um ano e que não aceitará mais promessas sem compromisso. Os moradores garantem que continuarão acampados até que um documento oficial com prazos definidos seja apresentado.

A situação escancara um problema antigo e recorrente em diversas regiões rurais do estado: a precariedade da infraestrutura e a lentidão das autoridades em resolver questões básicas que afetam diretamente a vida de produtores e famílias que vivem longe dos centros urbanos.

Por Juruá Online / Foto: cedida

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