Agora Acre.com

Primeiros meses do ano registram mortes violentas de homossexuais em Cruzeiro do Sul

Screenshot

João Vitor, Rian de Brito e Tiago Silva fazem parte de uma alarmante estática. Os três homossexuais foram vítimas de mortes violentas registradas em Cruzeiro do Sul, interior do Acre, nos cinco primeiros meses do ano.

Os registros se iniciaram com o homicídio de João Vitor, de 21 anos, em meados de março. O caso ganhou repercussão e causou comoção na sociedade local. O corpo do jovem foi encontrado boiando sobre as águas do Rio Juruá, dias após o desaparecimento dele.

Nesta quarta-feira, 28, a população de Cruzeiro do Sul foi pega de surpresa com a notícia de mais duas mortes envolvendo indivíduos com a mesma orientação sexual de João Vitor: Rian de Brito, de 24 anos, e Tiago Silva, que também era jovem.

Segundo investigações da Polícia Civil, os três são vítimas do tribunal do crime, que é quando líderes de uma facção criminosa, dominante na região, decidem por ceifar a vida dos que vão de encontro com suas normas e leis.

Modus operandi

O crime se inicia com o desaparecimento repentino da vítima, quando o tribunal do crime decreta sua morte.

Normalmente, após dias de busca os corpos são encontrados em área de mata, mutilados e com requintes de crueldade e barbarie, que assustam familiares, amigos e a sociedade local.

Foto registra a operação que encontrou dois corpos em covas rasas em Cruzeiro do Sul, nesta quarta. Foto: cedida

A Polícia Civil detalha que Tiago e Rian tiveram o coração arrancado, receberam marteladas na cabeça e diversos golpes de faca. A cabeça de Tiago foi arrancada.

“É fundamental que a população entenda: facção não é justiça. Quem procura esses grupos para resolver conflitos, também será responsabilizado. A polícia e o Estado existem para isso. A sociedade precisa confiar e recorrer aos meios legais”, destacou o delegado Heverton Carvalho.

Redação AgoraAcre / Foto de capa: reprodução

Sair da versão mobile