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Paciente do TFD em cadeira de rodas é carregada por moradores para acessar pista de pouso em Marechal Thaumaturgo, no Acre

Isolados por terra do restante do estado, os moradores de Marechal Thaumaturgo enfrentam diariamente uma verdadeira saga para acessar a única pista de pouso da cidade. O principal desafio está na travessia do Rio Amônia, que corta o município e se tornou um obstáculo para aqueles que precisam embarcar em voos, especialmente pacientes do Tratamento Fora de Domicílio (TFD), que necessitam de atendimento médico urgente em cidades como Cruzeiro do Sul ou Rio Branco.

Mulher é carregada em cadeira de rodas para acessar a pista de pouso de Marechal Thaumaturgo/AC. Foto: Cedida

Para chegar ao ponto de decolagem, as pessoas precisam descer e subir dezenas de degraus de madeira, construídos de forma improvisada, e depois atravessar o rio em pequenos barcos. A situação se agrava ainda mais para pacientes com dificuldades de locomoção. Em casos críticos, cadeirantes são carregados por funcionários e populares, muitas vezes sob risco de o barco alagar ou virar, tornando o trajeto ainda mais perigoso.

Moradores da cidade relatam que a falta de uma passarela ou ponte no local coloca vidas em risco diariamente. 

“É muito sofrimento para quem já está debilitado. A gente vê funcionários e moradores se arriscando para carregar pacientes até a pista, e não há qualquer estrutura adequada para isso”, lamentou um residente da região.

 Enquanto isso, a rotina de desafios continua, e a única alternativa segue sendo contar com a solidariedade e coragem dos próprios moradores.

Erisney Mesquita/AgoraAcre.com

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