O feminicídio ocorrido na manhã de terça-feira (23), em Cruzeiro do Sul, voltou a gerar questionamentos sobre a ausência de prisão preventiva do acusado, Nonato Prudência, 61 anos, investigado por violência doméstica e abuso sexual das filhas.
Segundo o delegado responsável pelo caso, Vinícius Almeida, o crime aconteceu por volta das 6 horas, quando Nonato, mesmo com uma medida protetiva em vigor, entrou na residência da vítima Maria José de Oliveira, 51 anos, que estava na cozinha, e a esfaqueou. No local estavam três filhos menores e dois filhos maiores, que conseguiram deter o acusado até a chegada da polícia.
O delegado detalhou que, após o crime, o homem manteve comportamento frio e debochado, chegando a rir da situação, mesmo com a roupa ensanguentada e diante de testemunhas. “Ele negou o feminicídio, os abusos e agressões, afirmando ser um bom pai e marido, apesar de todos os relatos em contrário”, afirmou Vinícius Almeida.
O delegado reforçou que Nonato já havia sido investigado anteriormente por abuso sexual das filhas menores, mas a Justiça não decretou prisão preventiva na época, alegando que os crimes haviam ocorrido há muito tempo. O Ministério Público havia se manifestado favorável à prisão, mas o recurso foi negado.
Vinícius Almeida alertou para a importância de comunicar imediatamente à polícia qualquer descumprimento de medida protetiva, para que ações preventivas possam ser tomadas e evitar tragédias como esta.
Com informações Juruá24Horas
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