O Acre enfrenta um avanço preocupante nos casos de dengue em 2025. De acordo com o mais recente boletim epidemiológico das arboviroses, divulgado nesta terça-feira (22) pela Secretaria de Estado de Saúde (Sesacre), o número de casos prováveis da doença aumentou 140,5% em relação ao mesmo período do ano passado, considerando as semanas epidemiológicas 01 a 28 (de 29 de dezembro de 2024 a 12 de julho de 2025).
A Regional de Saúde do Juruá apresentou o maior crescimento absoluto, com uma alta impressionante de 302,1% nos casos prováveis. Dos sete municípios que compõem a regional, apenas Mâncio Lima registrou redução. Os demais — como Cruzeiro do Sul, Rodrigues Alves, Porto Walter e Marechal Thaumaturgo — contribuíram diretamente para o salto nos números.
Em todo o estado, 9.300 casos prováveis de dengue foram registrados nesse intervalo. Já os casos confirmados chegaram a 5.963, refletindo a gravidade da epidemia em curso.
Os dados mostram que Rio Branco e Cruzeiro do Sul, que dispõem de laboratórios de diagnóstico da rede pública, concentram a maior parte das confirmações, majoritariamente via testes laboratoriais. No entanto, cidades como Assis Brasil, Epitaciolândia, Manoel Urbano e Sena Madureira seguem dependendo em grande parte de critérios clínico-epidemiológicos para confirmação da doença, revelando fragilidades na oferta de exames, mesmo com a proximidade de laboratórios de referência.
Municípios como Capixaba e Jordão não apresentaram nenhum caso confirmado no período analisado, o que, segundo a Sesacre, pode indicar falhas no encerramento das notificações ou subnotificações. Já Santa Rosa do Purus não registrou qualquer caso provável nem evidência de infestação pelo mosquito transmissor até o momento.
Por Contilnet / Foto: reprodução