O trabalhador rural Edmilson da Silva Freitas, morador do Ramal da Onça, que fica localizado na estrada que dá acesso à Cidade da Justiça, em Cruzeiro do Sul, teve seu pedido de auxílio-doença negado pelo Instituto Nacional de Seguro Social (INSS) por falta de perícia, que é um exame que fornece parecer técnico sobre a condição de saúde do paciente.
A necessidade surgiu após Edmilson, de 46 anos, sofrer um acidente vascular cerebral (AVC), no final de 2023, o que lhe ocasionou a perda de parte dos movimentos das pernas, das mãos e dos braços. “Só consigo realizar atividades simples do dia a dia com ajuda da esposa”, afirma.

Segundo a esposa Ironir Rodrigues de Souza, 51 anos, o marido também é diabético e necessita de cuidados constantemente. “Ele depende da gente para tudo, desde o banho, necessidades fisiológicas ou para tomar os remédios. Tem sido dias e dias carregando ele do quarto para o banheiro e sala. Às vezes, no final da tarde quase não consigo me movimentar de tanta dor”, contou.
A esposa relata que até conseguiram um auxílio provisório de saúde junto ao INSS, mas teria sido cortado após quatro meses. Foi quando o casal começou a contar com ajuda de familiares e de amigos. Na casa da família residem, além do casal, duas filhas menores de idade e uma idosa de 89 anos. Além da dificuldade para comprar remédios, seu Edmilson também estaria perdendo os movimentos por falta de fisioterapia.
“Procuramos por várias vezes o INSS local, mas fomos informados que em Cruzeiro do Sul e na capital não seria possível realizar uma nova perícia e que teríamos que viajar para fora do estado. Infelizmente não temos recursos para as despesas”, informou o produtor rural.
Erisney Mesquita, da redação do site Agora Acre